Friday, February 12, 2010

Dabbawalas: Lições de Inovação e Gestão em Mumbai

Durante a viagem do grupo MBA Executivo à Índia, tivemos a oportunidade de aprender sobre interessantes casos de empresas inovadoras. Nas próximas semanas iremos compartilhar o que vimos, conhecemos e aprendemos durante a viagem, desde casos práticos, até discussões acadêmicas mais interessantes.




Um primeiro caso de sucesso que conhecemos é o dos “Dabbawala”.
O sistema dabbawala surgiu há mais de 100 anos, quando Mahadeo Havaji Bachche iniciou um sistema de entrega de refeições com aproximadamente 100 entregadores.

Atualmente 5000 dabawallas entregam por dia 200.000 marmitas em Mumbai, principalmente para executivos que trabalham em escritórios em áreas comerciais. “Dabbawala” em Marathi significa literalmente “entregador da caixa de almoço”. Marmitas são preparadas em casas e entregues aos clientes diariamente, entre 9h30 e 12h30. Os entregadores fazem a coleta, seleção e distribuição das marmitas para todos os clientes.

As entregas são feitas com bicicletas, carrinhos de mão e caixas de madeira, driblando o trânsito caótico de Mumbai e garantindo as entregas para almoço nos horários estipulados. Como grande parte dos 5000 entregadores são analfabetos, é utilizado um sistema de código particular de cores e letras. Cada marmita vem com o código desenhado na própria tampa, que pode ser entendido pelos funcionários. O turno de trabalho é dividido em grupos de 25 a 30 entregadores, conduzidos por um líder.

As marmitas passam por estações de trem para chegar até a área comercial, e são transportadas por bicicletas ou carrinhos até o destino final. Os índices de falha são praticamente zero - um erro a cada 16 milhões de entregas! Estes números já garantiram à empresa diversas certificações, dentre elas o Six Sigma Quality Certification. Os serviços prestados pelos dabbawalas são extremamente eficientes, garantindo a satisfação dos clientes.

Para este sucesso, disciplina de todos ao longo do processo é essencial. Usar um típico chapéu branco é obrigatório para os entregadores. Reportar-se sempre no horário e respeitar o cliente são valores fundamentais para os funcionários. Cooperação, coordenação, sinergia e estreita interação entre todos os membros é muito importante, pois para os dabbawala, “união é poder”!

A metodologia de trabalho, logística e valores dos dabbawala já são conhecidas em todo o mundo. Por causa da sua eficiência, o sistema tem sido explicado em palestras para empresas como Coca-Cola, Siemens, além de alunos de Harvard e Michigan.

Para saber mais, acesse o site www.mydabbawala.com

Renata Giovinazzo Spers, Professora e Coordenadora Ajunta de Projetos da FIA – Profuturo e International MBA. Participou em viagem de estudos para índia e África do Sul, com grupo do MBA Executivo Internacional, em janeiro/2010renatag@fia.com.br).

Wednesday, February 10, 2010

Reportagem apresenta a experiência de Tyler Mecham, um americano que veio fazer o International MBA em Ingles da FIA

Estrangeiros no Brasil

A projeção do Brasil no exterior fez crescer o interesse dos profissionais estrangeiros, que agora querem trabalhar por aqui. Competir por uma vaga fica mais difícil

Fabiana Corrêa (redacao.vocesa@abril.com.br) 09/02/2010

O americano Tyler Mecham, de 30 anos, está morando no Brasil há um ano. Ele deixou sua cidade natal, Phoenix, no estado americano do Arizona, e veio para São Paulo cursar MBA na Fundação Instituto de Administração (FIA), na primeira turma em inglês criada pela escola. Agora, Tyler está em fase de contratação por uma multinacional com sede na capital paulista. Em sua turma, de 15 alunos, outros quatro estão em fase de negociação para serem contratados por empresas locais. ”Fui escolhido por conhecer outra cultura e falar inglês fluentemente, além da minha experiência na área financeira”, diz Tyler.

O americano e seus colegas de classe fazem parte de um grupo de jovens profissionais estrangeiros que vem mostrando interesse crescente em fazer carreira no Brasil, um movimento que se intensificou no último ano, com a crise de emprego na Europa e nos Estados Unidos. “A projeção econômica do Brasil no exterior incentivou essa procura”, diz Denise Barreto, sócia da GNext, consultoria de busca de executivos de São Paulo. A GNext vem recebendo mais currículos de europeus desde o início do ano passado. “São altamente qualificados e com perfil multicultural. Se comparados aos brasileiros que cursam MBA no exterior, concorrem em pé de igualdade”, diz Denise. Eles podem ser especialmente interessantes para empresas em fase de internacionalização, que querem ganhar conhecimento em um determinado mercado.

O processo de contratação de estrangeiros leva entre um e dois meses. “É relativamente simples, mas é a empresa brasileira que precisa se responsabilizar pelo visto”, diz o advogado Renê Ramos, sócio da Emdoc, que presta serviço para quem vai contratar estrangeiros. “De julho de 2009 para cá os pedidos de visto de trabalho só aumentaram”, diz Renê.



Tyler Mecham, americano, 30 anos: em fase de contratação depois de vir dos Estados Unidos para cursar MBA no Brasil

A vinda e a contratação de estrangeiros por empresas com sede no Brasil devem ficar cada vez mais comuns, considerando que o país começa a se aproximar das grandes economias mundiais. Cidades como Londres ou Nova York experimentam isso há anos. Mas esse é também um dos aspectos da falta de profissionais no mercado local. “As empresas primeiro trouxeram de volta seus expatriados. Agora querem também os talentos que não são daqui para preencher seus quadros deficitários por causa do crescimento rápido e da falta de gestores”, diz o consultor de gestão de recursos humanos César Souza, da Empreenda, de São Paulo.

“Os latinos serão os primeiros a vir: portugueses, italianos e espanhóis, que estão com um grande problema de falta de emprego em seu país”, diz César. Nos últimos meses, Newton Campos, presidente da associação de ex-alunos do Instituto da Empresa, o IE, na Espanha, uma das principais escolas de negócios da Europa, viu mais que triplicar a procura de ex-alunos por um emprego no Brasil. “Há um ano, recebia um e-mail de ex-alunos a cada três meses. Hoje, chega um pedido de informação sobre trabalho a cada 15 dias”, diz Newton.

Na Esade, outra escola de negócios da Espanha, a área de serviços de carreira tinha, até um ano atrás, em média três solicitações de apoio para trabalhar no Brasil por ano. Em 2009, foram 12. O italiano Ulrico Talamanca, de 30 anos, é um dos alunos do IE interessados nas possibilidades brasileiras. Chegou ao Brasil em janeiro deste ano disposto a aprender português — ele já fala inglês, alemão e espanhol — e usar sua experiência de cinco anos em banco de investimento na Itália e nos Estados Unidos para conseguir um emprego no país.

“A economia na Europa está parada e a América do Sul é um lugar mais próximo em termos culturais”, diz Ulrico. Mercados como agronegócio, que empregou três dos alunos da primeira turma do MBA em inglês da FIA, e energia são alguns dos que mais atraem. “O Brasil tem a imagem de inovador no setor de energia e as pessoas querem aprender com isso”, diz James Wright, diretor do curso.

A vinda de executivos estrangeiros pode aumentar a concorrência em algumas áreas, mas a convivência com profissionais de outros países deve beneficiar as empresas e enriquecer as equipes de trabalho locais. “Há uma vantagem na mistura de várias culturas, algo que já acontece nas grandes metrópoles mundiais. Não acho que essas pessoas venham para tirar o trabalho dos brasileiros, mas para trazer mais conhecimento”, diz Denise, da GNext. De fato, os estrangeiros trazem na bagagem uma experiência diferenciada. Até por isso, a competição no mercado de trabalho vai ficar mais árdua.

Monday, February 8, 2010

Future Studies Research Journal: Chamada para submissão de artigos

Prezados.

Com satisfação informamos que já está publicado nas versões Inglês-Português, o primeiro número da Future Studies Research Journal: Trends and Strategies - uma iniciativa do Programa de Estudos do Futuro/FIA, que tem como sua missão divulgar a produção intelectual sobre estudos do futuro e estratégias das organizações.

Gostaríamos de convidá-los a enviar um artigo para publicação no segundo e terceiro número da Future, a serem divulgados no primeiro semestre de 2010.

Os artigos podem envolver temas ligados a estudos do futuro (cenários, tendências, metodologias prospectivas), ou ainda estratégia e inovação.

Solicitamos o envio do artigo até 26/02/2010.

Aguardamos a visita e cadastro no portal da revista www.revistafuture.org

Estaremos à disposição para quaisquer esclarecimentos.

Um abraço.


Prof. Dr. James T. C. Wright
Editor-Chefe
Future Studies Research Journal
http://www.revistafuture.org
55-11-3091-5848

Monday, February 1, 2010

India 2010, commentaries



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Poverty. Computers. . Wealth. Ancient cultures. Religiosity. Respect for animals. Sumptuous palaces. Crowds. Global companies. Education and kindness. No rush. Democratic. Reincarnation. Proud to be Indian. Bollywood. Books and readers. Blackouts. Corruption. Children in school. Growth. Weapons. Castes. Horns. Spice. Jewelry. Cars. Malls. Cows.

India is grandiose and has all these elements on a large scale. It is the world's largest democracy, and a synthesis of all the difficulties and potential of the emerging world. Untill 2050, more than 90% of the world’s population growth will come from emerging countries, and Indians believe that the solutions they find will be an example to the world, as its failures will also be those of the democratic world.

In January of this year, a group of teachers and alumni of FIA made a cultural, education and business journey to India, visiting companies, community projects, universities, museums, palaces and popular markets.

The transport and energy infrastructure is precarious, as well as sanitation and healthcare. The state bureaucracy is stifling and corruption abounds. The cultural, religious and geographical divisions fragment the market into many distinct sub-segments. Finally, the distribution systems are inefficient and expensive.

To its credit, India has a large absolute size of its market and a potential 1.2 billion consumers in the base of the pyramid, and the reality of about 60 million middle-class consumers that adopt consumer habits similar, but not identical Westerners.

McDonalds, for example, has to adapt its offerings to an audience for whom the cow is sacred: it has to offer special seasonings and products to vegetarians, and in some stores, meals at 50 cents. Suzuki has to adopt a local brand name, Maruti, to survive. I has to to create a network of driving schools to educate their future customers, and has to compete with a Nano, which Tata Industries sells for $ 2500.

India’s greatest triumph is its people: a hard working population, which fervently believes they will be better by doing good in this and future lives, and strongly believe in education as a means to thrive. Speaking fluent English, most educated Indians can interact quite easily in a globalized world, and have created a very important space for their country in global IT services.

Comparisons with China are inevitable. The Chinese have a clear purpose to build the most important economic power in the world; everyone from leaders to workers, see and work with this goal in mind. Democratic and pluralistic India does not know how to express a clear vision of its role in the world. It grows without an integrated plan, democratic, multi-faceted, chaotic, noisy and confusing. But it moves inexorably to a dramatically different future: it can be a huge market for infrastructure and consumer goods, it can provide the brains, companies and entrepreneurs for a globalized emerging world, or may lose its way in internal disputes For us Brazilians, an unexplored world with enormous opportunities for partnerships and business, but a challenge to understand and deal with this multifaceted Asian giant, a giant that cannot be ignored.



James Wright